Por Ana Carolina Trompiere e Mila Martins (Estudantes de Ciências Biológicas - UFRJ)
As plantas possuem estruturas capazes de secretar substâncias, ou seja, liberar das células para o ambiente extracelular.
Essas substâncias podem ser expelidas para o interior (em cavidades) ou para o exterior da planta (superfície das folhas, por exemplo). As células especiais que secretam essas substâncias podem formar diversos tipos de estruturas, dentre elas, os tricomas glandulares. Tricomas são estruturas parecidas com pelos que, assim como os pelos dos animais, na maioria dos casos servem para proteger a planta de alguma forma.
Uma dessas estruturas é a glândula de sal: essas glândulas estão presentes em plantas que vivem em um ambiente salino, o que previne essas plantas de terem um acúmulo nocivo de sais dentro de suas células. Esse acúmulo é excretado pelas glândulas de sal (tricomas glandulares), por onde os sais serão expelidos (uma solução bem salgada, que sai pela “cabeça” do tricoma, que é a porção secretora). Essas glândulas são comuns nas plantas dos manguezais e nas restingas.
O excesso de sais nas células animais faz com que estas inchem e "estourem", pois a alta concentração de sais faz com que a água entre na célula (por isso se salga a carne para impedir que seja contaminada por bactérias, já que o sal as mataria). Nas plantas, as células possuem uma parede celular em volta da membrana plasmática, impedindo que esta "estoure" tão facilmente. Contudo, a quantidade desbalanceada de íons compromete muitas reações essenciais no metabolismo da planta.
As glândulas de sal também podem secretar metais pesados (substâncias prejudiciais que provém da poluição, na maior parte dos casos), isso faz com que as plantas do mangue e da restinga que têm essas glândulas possam tolerar até algum nível da poluição causada pelo homem, já que a planta contaminada poderá se descontaminar. Essa característica é importante para a sua perpetuação no ambiente. Contudo, não podemos contar com isso: até as plantas têm limites! E sem elas, nenhum outro bicho dos manguezais sobreviveria.
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| Por Ana Carolina Trompiere e Mila Martins (Estudantes de Ciências Biológicas da UFRJ) |
As plantas possuem estruturas capazes de secretar substâncias, ou seja, liberar das células para o ambiente extracelular.
Essas substâncias podem ser expelidas para o interior (em cavidades) ou para o exterior da planta (superfície das folhas, por exemplo). As células especiais que secretam essas substâncias podem formar diversos tipos de estruturas, dentre elas, os tricomas glandulares. Tricomas são estruturas parecidas com pelos que, assim como os pelos dos animais, na maioria dos casos servem para proteger a planta de alguma forma.
Uma dessas estruturas é a glândula de sal: essas glândulas estão presentes em plantas que vivem em um ambiente salino, o que previne essas plantas de terem um acúmulo nocivo de sais dentro de suas células. Esse acúmulo é excretado pelas glândulas de sal (tricomas glandulares), por onde os sais serão expelidos (uma solução bem salgada, que sai pela “cabeça” do tricoma, que é a porção secretora). Essas glândulas são comuns nas plantas dos manguezais e nas restingas.
O excesso de sais nas células animais faz com que estas inchem e "estourem", pois a alta concentração de sais faz com que a água entre na célula (por isso se salga a carne para impedir que seja contaminada por bactérias, já que o sal as mataria). Nas plantas, as células possuem uma parede celular em volta da membrana plasmática, impedindo que esta "estoure" tão facilmente. Contudo, a quantidade desbalanceada de íons compromete muitas reações essenciais no metabolismo da planta.
As glândulas de sal também podem secretar metais pesados (substâncias prejudiciais que provém da poluição, na maior parte dos casos), isso faz com que as plantas do mangue e da restinga que têm essas glândulas possam tolerar até algum nível da poluição causada pelo homem, já que a planta contaminada poderá se descontaminar. Essa característica é importante para a sua perpetuação no ambiente. Contudo, não podemos contar com isso: até as plantas têm limites! E sem elas, nenhum outro bicho dos manguezais sobreviveria.
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