Por dentro da folha

Por João Gabriel Frade Pannunzio (Estudante de Ciências Biológicas - UFRJ)

Esquema mostrando células parenquimáticas clorofilianas (com cloroplastos) que ocorrem no mesofilo das folhas verdes. Psidium guajava é o nome científico da goiabeira.

A figura acima ilustra as células da folha que ocorrem abaixo de uma camada de epiderme, o parênquima clorofiliano, o qual ocorre nos órgãos aéreos dos vegetais, principalmente nas folhas. Suas células apresentam paredes primárias delgadas, numerosos cloroplastos e são intensamente vacuoladas. O tecido está envolvido com a fotossíntese, convertendo energia luminosa em energia química, armazenando-a sob a forma de carboidratos.

As células parenquimáticas geralmente são vivas e apresentam vacúolos bem desenvolvidos. Essas células são descritas como isodiamétricas entretanto, sua forma pode variar. Quando isoladas são mais ou menos esféricas, mas adquirem uma forma definida por ação das várias forças, ao se agruparem para formar um tecido.

O conteúdo dessas células varia de acordo com as atividades desempenhadas, assim podem apresentar numerosos cloroplastos, amiloplastos, substâncias fenólicas, etc. As células parenquimáticas podem ser consideradas simples em sua morfologia mas, devido à presença de protoplasma vivo, são bastante complexas fisiologicamente.


Esquema mostrando células epidérmicas que revestem as folhas verdes, com estômatos, que são estruturas especializadas da epiderme. Psidium guajava é o nome científico da goiabeira.

A figura acima ilustra a estômatos na epiderme foliar. Os estômatos são pequenas estruturas epidérmicas existentes principalmente nas folhas, mas podem ser encontrados em frutos, flores e caules jovens. Os estômatos são formados por duas células estomáticas (células-guarda), que delimitam uma fenda (ostíolo ou poro estomático), duas ou mais células anexas (acessórias ou subsidiárias) adjacentes e uma câmara subestomática, a qual está em conexão com os espaços intercelulares.

Através dos estômatos há uma comunicação direta do interior da planta com o ambiente. O número de estômatos nas folhas varia entre 1000 e 100.000 por centímetro quadrado (em cactáceas e em algumas plantas decíduas, respectivamente). O tamanho médio dos estômatos varia de 3 a 12 µm de largura por 7 a 40 µm de comprimento e quando abertos 100 µm quadrados de área. Os estômatos ocupam em uma folha cerca de 1 a 2% da área foliar total.

A localização dos estômatos nas duas faces das folhas (superior e inferior) pode variar dependendo da espécie. Assim, nas folhas anfiestomáticas eles ocorrem em ambas epidermes (em espécies de regiões mais áridas), nas folhas hipoestomáticas ocorrem principalmente na face inferior (em espécies de regiões úmidas), e nas folhas epiestomáticas aparecem mais na epiderme superior (em folhas flutuantes de espécies aquáticas).

Fontes:
 

Comentários