Por Fernanda Zucoloto Domingues (Estudante de Ciências Biológicas da UFRJ) |
Estômatos, um aberto e outro fechado, na superfície de uma folha: imagem obtida de um microscópio eletrônico de varredura. Imagem de: Stomata feel the pressure - Nature Plants. |
As plantas xerófitas são plantas adaptadas a viver em ambientes secos, sob muito sol e muito calor (altas temperaturas). São muito comuns na caatinga, por exemplo.
Ao contrário do que muitos podem pensar, as plantas
xerófitas têm muitos estômatos em suas folhas. Essa característica pode
não parecer uma boa ideia a princípio, porque ao abrir os estômatos para fazer
suas trocas gasosas, a planta pode ter perda de água também.
Porém, com um
número alto de estômatos a planta tem um controle maior da abertura e
fechamento de cada um deles. Além disso, esses estômatos ficam “escondidos”
dentro de cavidades microscópicas na folha, chamadas criptas, que estão
repletas de tricomas. Estes tricomas formam uma cobertura, compondo uma espécie
de microambiente úmido nessa cavidade, segurando o vapor de água ali próximo à
folha, criando um ambiente mais “tolerável” para as trocas gasosas.
Com tudo isso “em mãos”, as folhas de xerófitas têm uma
grande “economia” de água, que é menos perdida pois as trocas gasosas estão
mais controladas pelos estômatos em criptas.
- Menor superfície foliar (ou seja, folhas menores) para
evitar a perda de água por evaporação;
- Esclerênquima (tecido de sustentação) bem desenvolvido,
tornando as folhas mais duras;
- Possuem raízes largas e profundas, para aumentar a
captação de água no solo.
- Cutícula (camada de cera na superfície das folhas) grossa,
para refletir o excesso de raios solares, aquecendo menos a folha e evitando a
perda de água;
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